O pastor e deputado federal Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, foi o convidado desta quinta-feira (28) do "Agora É Tarde". O pastor disse que não gosta de ver dois homens se beijando e criticou o que chamou de "movimento GLBT das redes sociais".

"Vindo para cá no aeroporto vi dois homens se beijando de língua e tocando suas partes íntimas", contou ao apresentador Danilo Gentili, que retrucou: "E você não teve tesão?". "Se as pessoas quiserem beijar, beijem, façam o que quiser, mas não na frente dos meus olhos", disse o pastor. "É constrangedor para uma pessoa de família".

Feliciano falou que representa uma grande parcela da população brasileira, que é conservadora, mas que não odeia os homossexuais. "Se eu tivesse um filho gay, daria muito amor a ele. Afinal, filho é filho", afirmou o deputado.

Ele falou que foi mal interpretado sobre um comentário que fez nas redes sociais de que os africanos seriam "descendentes de ancestral amaldiçoado de Noé". "Pinçaram isso e fizeram uma maldade comigo", afirmou. "Para ser racista você precisa ter um histórico de racismo, mas minha própria mãe é negra e tenho histórico de trabalho na África. Eu citei o que uma linha teológica pensava, assim como outras. Mas apenas isso foi pinçado. A maldade está nos olhos de quem lê".

O pastor também se gabou de colocar em evidência uma comissão de direitos humanos "secundária e quase inexpressiva" até a sua chegada à presidência. Ele disse acreditar na teoria criacionista e se posicionou contra pesquisas em células tronco e o sexo anal mesmo entre heterossexuais. "Esse lugar que você chamam aí de bunda, isso é um esgoto. Não foi feito para isso", afirmou.

Assista abaixo à entrevista completa: