Carlos Henrique Schroder, diretor-geral da TV Globo, disse que os autores são "provocados" a levarem novidades à emissora por Manoel Martins, diretor de entretenimento da emissora. A afirmação foi feita durante evento realizado nesta quarta-feira (27), em São Paulo. A festa intitulada "Vem Aí..." promoveu o lançamento da grade de 2013 da Globo.

"Não existe fila para estrear os programas. Se aparecer um produto melhor, colocamos na frente", garantiu Schroder, que tem usado a internet como aliada para levar o público para frente da televisão.

"A internet pode ser nossa aliada, fazendo com que o público se sinta atraído para ver a TV. É o caso da escolha do novo Papa. Estávamos ao vivo na TV aberta, na Globonews e no G1", frisou ele, que afirmou não ver a audiência como uma meta.

"Os números da audiência são flutuantes. Você pode corrigir e modificar o tempo todo os produtos da nossa grade. Não temos que ter a meta de audiência em primeiro lugar, mas um produto a ser comemorado pelo país. 'Avenida Brasil' não teve meta de, por exemplo, 45 pontos de Ibope, e foi um sucesso. Se tivesse uma meta e marcasse 43 seria um fracasso? Claro que não", comentou o diretor.

Schroder falou ainda sobre o "Encontro com Fátima Bernardes", que já se estabeleceu em audiência na faixa matinal. "O programa da Fátima está se consolidando dia a dia na programação. Hoje deu dez pontos em São Paulo. É um programa que demorou quatro anos para se concretizar. Era um antigo projeto da Fátima", ponderou.

Sobre a cobertura da Copa do Mundo de 2014, ele ressaltou que não haverá monopólio da Globo. "Na TV aberta temos a parceria com a Band até o momento. Já na TV fechada quase todos os canais de esporte dividirão a transmissão".

Indagado sobre a importância da classe C para a emissora, Schroder desconversou: "Não temos o foco em alguma classe social específica, mas em desenvolver produtos para todas as classes. A Globo atinge, por dia, 94 milhões de brasileiros".