"Ainda não caiu a ficha que vou cantar em Copacabana", diz vencedora do "The Voice"

Rodrigo Teixeira

Do UOL, no Rio

Assim que foi anunciada como ganhadora do programa The Voice Brasil, com 39% dos votos, Ellen Oléria, moradora de Taguatinga, no Distrito Federal, disse que "a ficha ainda não caiu", e que não sabe como vai ser cantar no Réveillon de Copacabana.  

"Ainda não caiu a ficha que vou cantar em Copacabana, nem sei o que vai ser, vai ser um delírio, vai ser um privilégio, nunca passei a virada do ano no Rio". Quanto ao premio ela não titubeia e diz que vai gastar. "Eu não tenho ideia do que seja essa cifra e eu vou pilotar a minha nave", disse ela que era só sorrisos ao se referir ao seu carro e ao prêmio de R$ 500 mil.

"Cantei algumas vezes sem óculos, eu não enxergo nada sem óculos só cores, isso é muito bom e cantar com gente que te aprecia eu canto melhor", disse ela que dedicou a apresentação de hoje a sua mãe que aniversaria neste domingo (16)

Ellen contou ao UOL que aprendeu tocar viola com noves anos e que pegava instrumentos emprestados com amigos, como bumbo, cavaco e pandeiro. "A gente tocou muito pelas igrejas por onde a gente passou", disse Oléria, que profissionalmente já está na estrada desde os seus 17 anos.

A Rede Globo inovou e deixou o preconceito de lado ao creditar a namorada de Ellen, Poliana Martins, como namorada e não como uma simples convidada. A candidata disse que isso foi um respeito muito grande que recebeu desde o início no programa.

"As cadeias não podem suportar o amor. Acho que demoramos, mas eu vinha fazendo a minha parte no meu pedacinho de chão e acho que muita gente também. Há uma pessoa que me acompanha, que me dá suporte emocional e me ajuda a botar comida na mesa, a Poli (Poliana). A gente precisar pensar, gente. A casa [Rede Globo] não fez nada mais justo [creditar como namorada]. Foi uma homenagem também para as minhas amigas guerreiras que não desistem nunca. Minha proposta sempre foi ser como eu sou", disse a vencedora.

Carlinhos Brown, que estava com a mesma roupa que usou na premiação do Oscar, brincou que o traje é para ocasiões especiais. Ele contou o porquê de ter escolhido essa roupa, "Todo mundo tem no guarda-roupa uma camisa que gosta, eu não sou uma cara assim agraciado economicamente. Minha roupa sou eu. Quando você tem uma peça, como uma do Herchcovitch, é um clássico. É como você ter um Monet em casa", disse Brown.

"O The Voice deu a oportunidade de propagarmos o que somos. Eu e Ellen somos amantes da Música Popular Brasileira, da diversidade, aceitamos o sertanejo, o rock, o samba, gostamos disso da diversidade não da mono música. Ao lado de Lulu, Claudinha e Daniel estávamos em um caminho único, a música brasileira não é chancelada por um estilo e Ellen provou isso", completa o cantor e percussionista baiano.

Ajuda na carreira

Danilo Dyba, um dos pupilos de Daniel deixou claro que quer abrir um show ou fazer alguma parceria com seu tutor. "Com certeza é meu desejo abrir o show do Daniel e fazer alguma parceria com ele. Chegar aqui na final é uma emoção, é um presente de Deus. Foram três meses muito intensos, adquiri muita bagagem até aqui e chegar ao último programa, tão longe, é uma vitória.".

Daniel, único tutor que teve um candidato homem na final, disse que Danilo é uma cantor que merece muita atenção. "Vejo nele muito talento. Nós enquanto treinadores devemos fazer com que as pessoas cresçam durante o programa. Se ele não abrir meu show, ele merece fechar meu show, cantar comigo", disse Daniel.

Maria Cristina, que ficou em terceiro lugar no programa ídolos da Rede Record, não conseguiu o topo do "The Voice Brasil", mas, para ela, participar foi uma outra etapa. "O programa 'Ídolos' foi uma grande porta de entrada para mim, o "The Voice" é uma nova etapa em minha vida."

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