Saiba como é feita a cachaça de Carminha e outras bebidas alcoólicas de "Avenida Brasil"
Carla Neves
Do UOL, no Rio
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Reprodução/TV Globo
Carminha (Adriana Esteves) vira uma garrafa de cachaça. A mistura é feita com água, mate e chá
Semana passada, em “Avenida Brasil”, Carminha (Adriana Esteves) flagrou Nina (Débora Falabella) e Max (Marcello Novaes) juntos e encheu a cara com uma garrafa de cachaça, que no rótulo exibia a marca São Camilo. Muito bêbada, ela pegou carona em um caminhão de lixo e foi parar no lixão, onde voltou ao passado e reviu antigos catadores. A vilã perdeu tanto a linha que chegou até a tentar beijar um deles.
Não é de hoje que a trama das nove da Globo exibe os porres e bebedeiras de seus personagens. Leleco (Marcos Caruso), por exemplo, vive tomando sua cervejinha no bar do Silas (Aílton Graça) e na casa que agora divide com Tessália (Débora Nascimento). Jorginho (Cauã Reymond) é outro que vira-e-mexe abusa do álcool.
Já na zona sul, a bebida é mais sofisticada. Não faltam uísque, champanhe e vinho nas cenas em que Cadinho (Alexandre Borges) aparece com cada uma de suas mulheres: Verônica (Débora Bloch), Noêmia (Camila Morgado) e Alexia (Carolina Ferraz).
Para descobrir o truque cenográfico usado em cada bebida de “Avenida Brasil”, o UOL consultou a produtora de arte Patrícia Miranda, que trabalhou durante dez anos em novelas da Globo. Veja, no álbum, a receita para as bebidas falsas.
Confira abaixo o que, de fato, enche os copos e garrafas das novelas:
Cachaça: mistura de água, mate e chá
Vinho tinto: suco de uva
Vinho branco: refrigerante de limão sem gás
Champanhe/espumante: mistura de refrigerante de limão com água gasosa
Cerveja: cerveja sem álcool
Uísque: é guaraná. Mas também pode ser usado café ou chá misturado com água
Drinques transparentes: água e gelo
Além da mistura, a produção de arte também tem de se preocupar com os rótulos das garrafas. “As emissoras geralmente têm um departamento de computação gráfica. Lá é feita uma busca na internet. Coloca-se o nome São Camilo, da cachaça da Carminha por exemplo, e aparecem todas as marcas que existem com o mesmo nome. Se já existe a marca, mas ela é de outro filão, que não o de bebidas, podemos usar na cachaça”, afirmou.
Segundo a produtora, a escolha do nome deve ser cuidadosa, porque existem pessoas que usam de má fé para entrar na Justiça contra as emissoras de TV. “Dizem que a marca já havia sido registrada por elas. E não é verdade”, disse.
Patrícia afirmou que, no passado, era usada bebida de verdade em cena. “Mas depois veio a proibição, e os autores passaram a ser estimulados a não escrever cenas com bebida alcoólica e cigarro”, contou ela.