Máscaras

Atriz de "Máscaras" diz que nunca teve um personagem que deu "tesão"

Manu Moreira

PopTevê

Interpretar uma figura diferente de sua realidade pode ser instigante para um ator. Em alguns casos, o intérprete chega a mudar de opinião depois de conhecer a história de um personagem e os motivos que o levaram a certas atitudes condenáveis. Esse é o caso de Lívia Rossy, que vive a incansável Yara de "Máscaras", novela da Record. A atriz garante que quase já compreende os motivos que fizeram sua personagem aceitar ser amante por sete anos.

"Depois de conhecer a Yara, eu quase a defendo. Conheço uma amiga que passou pela mesma situação e na época eu era completamente contra. Agora entendo melhor", conta ela, que usou a mesma amiga como inspiração para o papel.

Na trama de Lauro César Muniz, Yara aceitou ser amante de Evaldo (Raul Gazolla), já que o charlatão prometia casamento. Mas, já casado com Nair (Eliete Cigarini), o traidor tenta driblar a amante com mentiras. "Essa história é mostrada com leveza e humor. É um triângulo amoroso. Mas acredito que na vida real passar por isso deve ser muito triste", opina.

Apesar de achar que engana a mulher, Nair sabe das escapadas do marido, mas prefere não se manifestar. "Mas a história muda depois que eles embarcam em um cruzeiro 'pré-nupcial'", explica. No navio acabam aparecendo também a mulher de Evaldo e os filhos. Todos partem em uma viagem estranha, onde amante e esposa se tornam grandes amigas

  • Yara conhece Nair, esposa de seu amante, em "Máscaras"

Durante esse cruzeiro, ele acaba assumindo a amante e pedindo a separação da mulher. Nair não se importa com o fim de seu casamento e se aproxima de Yara. "A coisa toda é tão absurda que chega a ser muito engraçada. Não sei se a situação seguirá nessa", faz mistério.

Yara é uma mulher provocante, e por essa razão, Lívia aparece abusando dos decotes, roupas justas e saltos altos na trama. "O figurino dela não chega a ser 'over'. Ela não tem uma situação financeira muito boa, mas gosta de se arrumar. Então compra em uma lojinha uma pulseira parecida com a que viu na revista", define ela.

Para montar a personagem, Lívia procurou duas "coaches". A primeira é uma psicóloga que a ajudou a traçar um perfil da personagem. "Esse trabalho é mais no começo, quando estou encontrando um lugar", explica. E agora compartilha roteiro e cenas com Andréa Cavalcanti. "Gosto de trocar. Chego com uma ideia de cena e ela já me dá outra visão. Depois, quando vou bater o texto com o ator com quem contraceno, ele já me dá outra possibilidade. Isso só enriquece o trabalho", justifica.
           
Contratada da emissora, a atriz estava fora do ar desde uma participação em "Vidas em Jogo", novela de Cristianne Fridman, que ocupava a faixa de "Máscaras". Apesar de entrar para ficar pouco tempo, sua participação acabou sendo esticada por dois meses. Na trama ela também interpretava uma mulher sensual, mas sem tantos adereços quanto Yara. "A minha beleza acabou mais ajudando que atrapalhando. Mas, no teatro, pude me distanciar dela e fazer personagens que não tinham essas características. Além disso, a beleza vai embora. Não sustenta o trabalho. Você fica na carreira por talento", opina.

Além disso, Lívia fez alguns outros papéis na emissora, como Ayla do bíblico "Sansão e Dalila", de 2011. "Cada personagem tem uma singularidade e tenho um carinho muito especial por todas. Mas ainda não tive uma de falar 'putz! que tesão'. Talvez seja a Yara", deseja.
 

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