Gabriela

"Aceitei posar nua porque foi uma proposta irrecusável", diz a Natasha de "Gabriela"

Ana Paula Hinz

Do Pop Tevê

  • Divulgação/TV Globo

    Nathália Rodrigues como a prostituta Natasha de "Gabriela"

    Nathália Rodrigues como a prostituta Natasha de "Gabriela"

A beleza e o charme de Nathália Rodrigues não foram os únicos pré-requesitos necessários para que ela garantisse o papel da provocante prostituta Natasha de "Gabriela", da Globo. A atriz precisou estudar muito francês e russo para conseguir passar por três testes que avaliaram, entre outras coisas, sua desenvoltura com os sotaques nos dois idiomas.

Depois de provar que era capaz de convencer na pele de uma russa da década de 1920, que fala francês, Nathália mergulhou ainda mais no universo de sua personagem. Ela escutou músicas das duas culturas e assistiu a filmes como "Ninotchka", de Ernst Lubitsch, de 1939. "A Natasha é uma russa, que tem um fogo francês, mas que mora no Brasil. O gingado dela é uma mistura, mas é mais contido do que o baiano", avalia.

As características particulares da personagem fazem com que ela se destaque no seu núcleo. No Bataclan, o fictício cabaré de Ilhéus, na Bahia, Natasha é a única que fala francês, o que faz com que ela cobre mais por seus serviços e esteja sempre acompanhada dos mais ricos coronéis da cidade. Apesar de a trama da personagem ainda estar centrada nas confusões que acontecem no local, em breve, novos elementos sobre seu passado irão surgir. "Há um mistério envolvendo a história dela, mas nem eu sei o que é. A Natasha diz que é uma princesa russa, então pode ter a ver com isso. Eu, particularmente, acho que ela é uma grande trambiqueira", opina aos risos.

Este é o terceiro trabalho de época da atriz. Antes, ela fez o especial "Crime na Sacopã", da Globo, e a novela "Essas Mulheres", da Record. A atual oportunidade, porém, chegou em um momento propício. Depois de passar três anos se dedicando ao teatro e fazer uma rápida participação em "Insensato Coração" na Globo, "Gabriela" marca sua volta à televisão. "Tudo que é batalhado tem um gosto mais especial. A repercussão desse papel é graças à dedicação que tive com ele", valoriza.  

Pop Tevê - A oportunidade em "Gabriela" surgiu a partir de uma iniciativa sua. Por que quis tanto participar deste projeto?
Nathália Rodrigues - Sempre fui muito apaixonada por literatura e pelo Jorge Amado, então, quando soube deste projeto, pedi para o (diretor) Mauro Mendonça Filho a oportunidade de fazer os testes. "Gabriela" me trouxe um universo totalmente diferente. A Natasha é uma personagem com muita base. Não é só uma quenga. Conheci muitas culturas graças a ela. Eu pedi uma chance e me agarrei a ela. Graças a isso, estou contracenando com grandes atores da televisão brasileira em uma obra-prima.

Pop Tevê - O papel é extremamente sensual e em agosto você vai posar nua na "Playboy". Como você lida com a questão da sensualidade e da nudez?
Nathália Rodrigues - Acho que consigo fazer uma personagem sensual muito bem (risos). Mas é só um personagem. Eu sou uma pessoa muito simples. Gosto de usar calça e camiseta. Sei quando estou fazendo uma capa de revista, mas sei desmontar esse lado "sexy" e esse "glamour" com facilidade, quando vou para minha casa. Aceitei posar nua porque foi uma proposta irrecusável. Prefiro não citar valores, mas posso dizer que dá para mudar um pouco a minha vida e conseguir um apartamento próprio. 

Pop Tevê - Você já teve, ou tem, medo de ficar marcada por papéis sensuais?
Nathália Rodrigues - Não tenho medo de ficar rotulada porque sei que a cada época da minha vida vou ter um personagem diferente. Vou fazer a mãe, depois a avó. Não tenho medo de envelhecer e fazer papéis compatíveis a isso. Sou atriz e sei que posso fazer qualquer tipo.

Pop Tevê - Você ficou cinco anos na Record, mas decidiu sair da emissora em 2009. Por quê?
Nathália Rodrigues - Eu queria ter a oportunidade de fazer outras coisas além de televisão. Eu estava chegando aos 30 anos e não estava fazendo papéis muito diferentes. Acho que tive maturidade para olhar para mim e deixar um contrato fixo para buscar coisas novas. Quis me reciclar e fui estudar teatro nos Estados Unidos. Quando voltei, fiquei três anos atuando, fazendo iluminação e sendo assistente de direção de teatro em São Paulo. Aí acabou que consegui voltar para a televisão com "Gabriela".

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