"É mais fácil mudar o cachorro do que o dono," diz Alexandre Rossi do "Missão Pet"

Do UOL, em São Paulo

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    O especialista em comportamento animal Alexandre Rossi em imagem do programa "Missão Pet"

    O especialista em comportamento animal Alexandre Rossi em imagem do programa "Missão Pet"

Após comandar o quadro “Dr. Pet” no programa “Domingo Espetacular”, o zootecnista Alexandre Rossi estreou na semana passada no canal NatGeo o seu próprio programa, “Missão Pet”.

Nele, Rossi ajuda bichos que têm problemas de comportamentos com seus donos. O “Missão Pet” vai ao ar nas terças-feiras às 22h30.

Rossi conversou com o UOL sobre o que o programa traz de novo, os erros mais comuns que os donos cometem e como lidar com diferentes espécies de animal no programa.

UOL - Quais os problemas mais comuns que você encontrou no “Missão Pet”? Quais os erros mais comuns que as pessoas cometem ao educar um animal?

Alexandre Rossi - Os problemas mais comuns são o que chamamos de agressividade por dominância, que é quando os cães nos atacam quando são contrariados, e necessidades fora do lugar.

UOL - O que é mais difícil de mudar: os animais ou os donos?

Rossi - Os donos!! Sem comparação! Mas eu não acho que os donos são sempre culpados pelo comportamento de seu animal. No entanto, quase sempre a solução está no comportamento deles. Se eles mudarem, o comportamento do animal muda.

UOL - Qual o problema de comportamento mais estranho que você já encontrou?

Rossi - Um cachorro que fica perseguindo moscas invisíveis o tempo todo.

UOL - Você já se deparou com casos extremos no qual o animal está além da ajuda?

Rossi - Acho que sempre deu para ajudar, mas nem sempre eu fico satisfeito com a ajuda. Por exemplo, estamos cuidando de um labrador que está atacando feio as pessoas que lidam com ele. Ele está para adoção. Acredito que mesmo nos esforçando ao máximo será uma adoção delicada, pois o cão continuará relativamente perigoso. 

UOL - O que o “Missão Pet” traz de diferente em comparação a outros programas semelhantes?

Rossi - Como o meu foco é ensinar ao telespectador técnicas que possibilitam um melhor convívio com o animal, acredito que o programa será reconhecido por ser didático e eficaz quando aplicado. Mais do que um show, eu procuro causar uma mudança na forma com que as pessoas lidam com seus animais. Também procuro ensinar as técnicas que não são arriscadas, apesar de saber que os telespectadores adoram uma confusão... Penso sempre na segurança e bem estar do dono e de seu animal. 

UOL - Você também ajudou animais não domésticos como tigres, elefantes, aves e macacos. Como você faz para entender a psicologia de bichos tão distintos?

Rossi - Eu acho que todos são muito parecidos. Basicamente eu procuro entender como que a espécie se comporta em diferentes situações e contextos e depois vou quebrando a cabeça para dividir o ensinamento em passos que o bicho consiga entender com facilidade e continue motivado. Dependendo do bicho, precisamos ser capazes de passar por essas fases sem ter contato direto com o animal.

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