Para fugir de estereótipos, algumas atrizes de "As Brasileiras" representam seus próprios Estados

Renato Damião

Do UOL, no Rio

  • Divulgação/TV Globo

    Juliana Paes e Marcos Palmeiras são casados em "A Justiceira de Olinda", episódio de "As Brasileiras"

    Juliana Paes e Marcos Palmeiras são casados em "A Justiceira de Olinda", episódio de "As Brasileiras"

A Rede Globo leva ao ar na próxima quinta-feira (2) a série “As Brasileiras”. O projeto tem direção geral de Daniel Filho e um elenco estelar: vinte e duas atrizes protagonizam os episódios que nasceram da ideia do diretor em traçar um painel das mulheres brasileiras. O diretor garantiu que tentou fugir dos estereótipos, por isso algumas das atrizes acabaram representando seus Estados, caso de Xuxa, "A Fofoqueira de Porto Alegre", Maria Fernanda Cândido, "A Perseguida de Curitiba" e Ísis Valverde, "A Culpada de BH".

"As brasileiras apresentadas na série não têm nada em comum, a não ser o fato de serem mulheres e falarem a mesma língua. Se eu tivesse que eleger uma protagonista, seria a Fernanda Montenegro, no sentido geral da cena brasileira", decretou.

Além delas, Juliana Paes, Patrícia Pillar, Letícia Sabatella, Cláudia Jimenez, Giovanna Antonelli, Sophie Charlotte, Alice Braga, Juliana Alves, Maria Flor, Dira Paes, Bruna Linszmeyer, Suyane Moreira, Fernanda Montenegro, Cléo Pires, Maria Ximenes, Leandra Leal, Sandy, Ivete Sangalo e Glória Pires se revezam em tipos como “A Desastrada de Salvador”, “A Viúva do Maranhão”, entre outras.

“Escolher essas 22 brasileiras não foi fácil. É claro que o importante era a qualidade de cada uma enquanto atriz”, disse Daniel Filho durante coletiva de imprensa realizada no dia 16 de janeiro em um teatro na zonal sul do Rio de Janeiro. “Conseguimos reunir um elenco incrível”, gabou-se Cris D’Amato, que também assina a direção junto a Tizuka Yamasaki.

Para dar vida a tipos que passam distante de suas personalidades e cotidianos, as atrizes precisaram se esforçar. Juliana Paes, por exemplo, recorreu à aulas de prosódia para não fazer feio na hora de usar o sotaque pernanbucano de sua personagem, Janaína, ou melhor, "A Justiceira de Olinda". “Precisei aprender um pouco do sotaque, foi difícil, os pernambucanos falam rápido”, contou a atriz que interpreta uma "mulher ousada, explosiva e sem papas na língua" que acaba por cortar o pênis do marido (Marcos Palmeira) após um acesso de raiva.

As gravações de "As Brasileiras" aconteceram no Rio de Janeiro, em um complexo de estúdios chamado PoloRio Cine & Vídeo, no entanto a produção esteve em todos os estados - Salvador, Porto Alegre, São Paulo, entre outros -  para captar imagens.  Apenas dois episódios, “A De Menor da Amazônia” e a “A Selvagem de Santarém”, tiveram cenas rodadas na Amazônia, especificamente no Rio Negro.

“O legal desses novos episódios é que irão fazer um panorama de todas as brasileiras”, opinou Maria Flor. E não faltará opções, Giovanna Antonelli vive uma perua paulista que só admite usar roupas exclusivas: "Ela é uma louca, bagaceira", afirmou a atriz de "Aquele Beijo". Alice Braga, em sua estreia na TV, ficou com o desafio de interpretar uma delegada linha dura que se encanta com um presidiário (Rodrigo Santoro): "Mirtes é uma cearense forte e marrenta. As gravações foram intensas e o episódio é cheio de ação", revelou.

"As Brasileiras" será exibida logo após o "Big Brother Brasil". Alguns episódios ainda não foram concluídos.

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