Durante um evento de divulgação de uma marca de shampoo ocorrido em São Paulo na tarde desta quarta (14), a atriz Juliana Paes falou um pouco mais sobre sua escolha para o papel título no remake de "Gabriela" assinado por Walcyr Carrasco. Indagada sobre a declaração de Aguinaldo Silva, via Twitter, que ela seria velha demais para o papel, a atriz respondeu aos risos: “Ele disse isso? Ah, o Aguinaldo é palpiteiro, né? Eu não uso o meu Twitter para falar da vida dos outros. Só uso para divulgar um filme que assisti, recomendar alguma coisa gostei, mas internet é terra de ninguém”.

Em seguida, ela relatou suas conversas com Sonia Braga sobre o papel. Segundo ela, o contato partiu da atriz veterana, que lhe enviou um buquê de flores parabenizando-a: “Eu estava pedindo para arrumarem o contato dela, mas fiquei surpresa com a sua iniciativa em me procurar. Começamos a trocar e-mails e ela me disse que esse negócio de idade é uma bobagem e que ela tinha 27 anos quando fez o papel na TV e 34 quando o interpretou no cinema. Ela me deixou muito segura e disse que eu tinha que encontrar a Gabriela dentro de mim. Mesmo assim eu falei para ela que já estava preparada paras as comparações, já que o personagem ficou tão associado a Sonia que, para mim, era como mexer com a Nossa Senhora”, falou mais uma vez rindo.

Juliana disse ainda que está relendo o livro de Jorge Amado e que assistiu a algumas cenas da novela. "Tem ator que não gosta de ver para não se influenciar, mas eu gosto. Me ajuda." Disse ainda que mesmo antes de decidirem fazer o remake, muita gente na rua dizia que ela se parecia com Gabriela, devido a seu jeito moleca e a seu cabelo selvagem. "Acho que o grande desafio hoje vai ser contar essa história para um público que não tem mais aquela inocência de 30 anos atrás."

Sobre a escolha entre ser protagonista da próxima novela de Glória Perez e protagonista de "Gabriela", a atriz disse que chegou a ter febre durante o processo de escolha. "A novela da Glória vai ser um barato, mas o bacana da TV Globo é ter essa preocupação com o que o artista quer fazer. O que me motivou a fazer Gabriela foi o desafio de viver uma personagem de outra época, com sotaque, coisa que nunca fiz. Gosto de trabalhos que acionem outros neurônios."