"O grande castigo dela foi se apaixonar por César", diz Beatriz Segall sobre Odete Roitman

Do UOL, no Rio

  • Ana Carolina Lopes/Divulgação

    Amaury Jr. entrevista Beatriz Segall no "Programa Amaury Jr." (15/7/2011)

    Amaury Jr. entrevista Beatriz Segall no "Programa Amaury Jr." (15/7/2011)

No “Programa Amaury Jr.” desta sexta-feira (15), o apresentador conversa com Beatriz Segall, a eterna Odete Roitman. A personagem que marcou a televisão brasileira foi odiada por muitos, mas adorada por alguns. Para quem acredita que o castigo de Odete foi a morte, Beatriz desmente: “O grande castigo dela foi se apaixonar por César, essa foi a ruína dela”, diz a atriz, referindo-se ao papel vivido por Carlos Alberto Ricceli.

Para Beatriz, o público gostava da sinceridade da vilã que Odete tinha, em falar o que muita gente não tinha coragem, mas não deixava de pensar como ela. Até hoje, ela recebe o carinho das pessoas que acompanharam a novela na época. “Entro em lojas e às vezes o vendedor me fala: ‘oi Odete, como vai!?’”, conta.

A atriz diz a Amaury que, certa vez, saindo do Teatro Municipal, no Rio, entrou num taxi e foi surpreendida por um discurso de “Dona Beatriz, tenho muito a lhe agradecer”. Sem entender, ela perguntou o motivo e o taxista contou que o número do túmulo de Odete Roitman foi o número mais jogado na loteria logo que a novela acabou. O sábio taxista guardou o número e um mês depois jogou e ganhou. “Hoje se tenho uma vida confortável, foi graças à senhora e à Odete Roitman”, diz.

A personagem virou sensação novamente pela exibição da novela pelo canal Viva, pela NET, e assim como em 1988, fez sucesso novamente. Para Beatriz, nunca mais houve uma novela tão boa como “Vale Tudo”, com uma combinação tão perfeita de elenco, enredo, direção, texto e tudo mais que a novela tinha. O sucesso na época foi tanto que o capítulo da morte de Odete, que passou em um sábado de Natal, chegou a 81 pontos no ibope, com picos de 92. Fato raro nos dias de hoje. O último capítulo da novela foi ao ar no dia 6 de janeiro de 1989.

Sobre a televisão de hoje, Beatriz acredita que há um desinteresse em fazer coisas de qualidade. “Quanto mais popular mais você agrada? Claro que não, é preciso fazer coisas de qualidade”, argumenta. Para ela, a nova geração precisa atuar mais no teatro para depois procurar a TV, falta qualidade nos atores, talvez pela exposição exagerada e a falsa fama gerada. “Hoje os jovens gravam 15 capítulos e já viram celebridade. Antigamente, para ser celebridade precisava de muito mais!”, lembra ela, aproveitando para falar sobre a peça “Conversando com Mamãe” – que depois da temporada carioca estreia em São Paulo em setembro.


PROGRAMA AMAURY JR.
Onde: Rede TV!
Quando: sexta-feira (15), à 0h

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