Ney Latorraca diz ao "Viva Voz" que não há diferença entre sucesso e fracasso

Do UOL, no Rio

  • Rogério Resende/Divulgação

    Sarah Oliveira entrevista Ney Latorraca no programa "Viva Voz", do GNT (13/7/2011)

    Sarah Oliveira entrevista Ney Latorraca no programa "Viva Voz", do GNT (13/7/2011)

Nesta quarta-feira (13), o ator Ney Latorraca é o entrevistado de Sarah Oliveira no “Viva Voz”, do GNT. No bate-papo - que aconteceu às margens Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio -, Ney diz que, para ele, o sucesso não é diferente do fracasso. O filme “O Grande Desbum”, no qual interpreta um dos protagonistas, é, segundo ele próprio, o pior filme da história do cinema brasileiro. "Esse filme ['O Grande Desbum'] foi eleito o pior filme feito até hoje na Terra. Eu tô péssimo. É um dos piores momentos do cinema brasileiro e mundial. Então tem isso: tem o filme que é péssimo, a peça em que você é vaiado, tem o dia que não deu certo. A gente vive disso. Não tem diferença nenhuma o sucesso do fracasso. Eles são muito parecidos, eu acho", declara.

O ator afirma que é uma pessoa de extremos. "Adoro comer na La Maison du Caviar, que é caríssimo, lá em Paris. E, ao mesmo tempo, eu quero ir na feira e comer um pastel com caldo de cana", diz ele, lembrando dos tempos em que não estava tão bem financeiramente. “Você tem que tá bem financeiramente pra poder falar: 'não quero fazer isso. Isso é pobreza, isso é muito chato'. Já teve a época que eu fiz. Eu sobrevivia aqui no Rio fazendo fotonovela. Fiz baile de debutante. Eu parei, porque um dia eu cheguei e tinha idade de ser o pai das meninas", conta.

Ney também fala sobre sua relação com o Rio de Janeiro e a Lagoa Rodrigo de Freitas, bairro carioca que escolheu para morar. "Me soltam aqui [na Lagoa Rodrigo de Freitas], né, e eu subo em casa só pra tomar banho e me alimentar. Eu adoro aqui. Conheço o pessoal do coco, conheço os quero-queros, o casal que nasceu, já vi que tem um capivara novinha, que apareceu ai. Eu levei um susto. A primeira vez que vi, fui andar de noite, e passou. Eu pensei que fosse uma ratazana gigante. Depois, fiquei amigo dela", declara.

Divertido, Ney diz que a coisa que mais odeia nas pessoas é a falta de pontualidade. "Acho coisa de gentalha", brinca ele, que se diz “quietinho”. “Mas por dentro tem uma escola de samba", acrescenta. O ator conta também que não sabe dirigir e adora pegar carona. "Quando estou com peça, pego táxi ou fico fazendo um clima dentro dos camarins falando: 'você vai pra onde?' Se bobear, eu pego carona com o público", afirma.


VIVA VOZ
Onde: GNT
Quando: quarta-feira (13), às 23h (horários alternativos: quinta, às 5h45; de sábado para domingo, à 0h15; domingo, às 7h; segunda, às 11h15; e quarta, às 19h)

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