Em "Ti-Ti-Ti", Alexandre Slaviero analisa a trajetória de seu personagem

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  • Divulgação/TV Globo

    Alexandre Slavieiro entre as atrizes Mayana Neiva (à esq.) e Sophie Charlhotte (2010)

    Alexandre Slavieiro entre as atrizes Mayana Neiva (à esq.) e Sophie Charlhotte (2010)

O ator Alexandre Slaviero é do tipo que gosta de se divertir enquanto trabalha. Pelo menos, é isso que acontece quando grava as cenas de Armandinho, seu personagem em "Ti-Ti-Ti". Principalmente, quando contracena com Mayana Neiva e Sophie Charlotte, que vivem, respectivamente, Desirée e Stéfany, formando um engraçado triângulo amoroso na trama. Muitas vezes, os três protagonizam sequências de "barracos" e até tapas. Em uma dessas, Alexandre fez questão de não usar dublê. "Quis ter a sensação real do personagem para ficar uma coisa mais verossímil", explica. Mayana deveria empurrá-lo com força para que ele atravessasse uma parede. "Acabei me machucando um pouco e cortei o braço. Ossos do ofício", conta aos risos. Depois de alguns arranhões, ele conta que está tomando mais cuidado. "Tem de ter um pouco de técnica para não sofrer consequências piores", afirma.

Na história, Armandinho, apesar de ser do bem, é um machista. Por causa disso, acabou perdendo o amor de sua vida, Desirée. Tudo porque não suportava a ideia de ver sua namorada trabalhando como modelo. Solteiro, foi então, seduzido por Stéfany, a prima invejosa da ex, que engravidou do rapaz e conseguiu casar com ele. "Mesmo estando com ela, meu personagem continua gostando da Desirée porque é ela a mulher da sua vida. Ele não vai deixar de gostar, mas as circunstâncias fazem com que fique com Stéfany", analisa. E o rapaz, que é eletricista e encanador, sempre preconceituoso em relação à carreira de modelo, acabou se aventurando na área e fazendo alguns trabalhos. Chegou até a posar ao lado da amada, provocando o ciúme de Stéfany.

Para entender o papel e essa relação de amor conflituosa que ele leva, Alexandre, ao lado de Mayana, fez uma pesquisa em outras novelas. Buscou analisar casais conturbados, parecidos com Armandinho e Desirée. "Vimos na internet vídeos da Babalu e do Raí, que são bem próximos", conta, referindo-se aos personagens de Letícia Spiller e Marcello Novaes na novela "Quatro por Quatro", exibida pela Globo em 1994. Além disso, pegou referências de Bebel e Agostinho, vividos por Guta Stresser e Pedro Cardoso em "A Grande Família".

Com cinco novelas no currículo, Alexandre estreou na TV em "O Beijo do Vampiro", em 2002. Mas foi na pele do Kiko de "Malhação", onde ficou de 2003 a 2006, que ganhou mais projeção. "Trabalhei com vários atores e pude absorver um pouco de cada um. Além disso, aprendi bastante sobre televisão", recorda ele, que também atuou em "Duas Caras" e "Caras & Bocas". Depois dessa última, aliás, foi que surgiu o convite para "Ti-Ti-Ti". Já familiarizado com o trabalho de Alexandre, o diretor Jorge Fernando o chamou para dar vida ao Armandinho. "Em 'Caras & Bocas', trabalhei com a mesma equipe com que estou agora", diz. Quando a novela chegar ao fim, Alexandre vai se dedicar a dois projetos de teatro. "Já tenho os nomes das peças, mas vamos esperar sair do papel. A gente espera que dê certo para 2011", diz, fazendo mistério.    

(Por Luana Borges)

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