"Guerra dos Tronos" destacará violência, sexo e dragões em sua 2ª temporada

Ramón Abrange

Londres

  • Reprodução

    Pôster da segunda temporada de "Game of Thrones"

    Pôster da segunda temporada de "Game of Thrones"

Com a ameaça de um longo inverno e de uma sangrenta guerra, a segunda temporada da série "Guerra dos Tronos" chegará às telas em abril repleta de violência, sexo, disputas familiares e fascinantes dragões.

A primeira temporada da série, tida como o grande sucesso da emissora HBO em 2011, foi encerrada de maneira surpreendente: com seus criadores matando alguns dos principais protagonistas da trama.

Depois de deixar sem fôlego milhões de espectadores com uma trama de fantasia medieval e centrada na disputa das famílias Stark e Lannister, os novos episódios de "Guerra dos Tronos" apresentam uma nova uma geração que decidirá o destino dos habitantes dos Sete Reinos.

"A história se expande de maneira incrível, com muitos personagens novos e localizações completamente diferentes" explicou David Benidoff, um dos dois criadores de "Guerra dos Tronos", durante a apresentação dessa segunda temporada em Londres.

Baseada na saga literária do americano George R. R. Martin, "Uma Canção de Gelo e Fogo", a série conta, em um contexto medieval, a luta de diversas famílias reais para assumir o poder de um continente cujo os invernos, especialmente rigorosos, podem durar anos.

Apesar de a imprensa ter tido acesso ao primeiro capítulo da segunda temporada no final de fevereiro, o rigoroso embargo que proibia a divulgação de qualquer detalhe ficou válido até esta segunda-feira, quando começa a promoção nos Estados Unidos. No entanto, existe um mistério que é preservado pelos atores e, inclusive, pelos seguidores.

"Há uma espécie de contenção e cumplicidade entre as milhares de pessoas que já leram os livros e sabem o que vai acontecer. O fato é que é surpreendentemente difícil encontrar detalhes da série em fórum de internet", assinalou D.B Weiss, outro dos responsáveis pelo projeto.

Um dos personagens que volta com mais força e relevância na segunda temporada é Dany Targaryen, uma adolescente que foi forçada por seu irmão a viver junto do rei dos brutais dothrakis.

A atriz britânica Emilia Clarke, que interpreta a sensual jovem de cabelos loiros, explicou que Dany, depois de perder seu marido, "volta mais forte e mais poderosa, porém, segue sozinha na sua luta por sua sobrevivência".

Outra surpresa presente nesses dez novos episódios que formar a segunda temporada é o jovem bastardo Jon Snow, interpretado pelo inglês Kit Harrington, que depois de abandonar sua família, encontrará seu lugar nos gélidos territórios do norte, localizações que foram rodadas na Islândia em pleno inverno.

"Foi muito duro rodar essas cenas com 35 graus negativos, além de ter que manusear essa espada com toda roupa por cima, mas acho que foi o lugar mais lindo e romântico que já estive em minha vida", comentou o ator de 25 anos, que reconheceu estar "encantado" com o posto de "sex symbol" adquirido graças à série.

A equipe de "Guerra dos Tronos", que conseguiu um Globo de Ouro, dois Prêmios Emmy e três Scream, voltou a viajar muito para rodar essa segunda temporada, já que às localizações originais, da Irlanda do Norte e Malta, foram somadas com novas localizações, como Croácia e Islândia.

"É impressionante ver como uma série de televisão pode contar com uma produção tão impecável e episódios tão bem escritos. Os americanos estão ganhando terreno, e a televisão inglesa já não é a número um. Estão criando verdadeiras joias nos Estados Unidos", comentou em Londres o veterano ator inglês Charles Dance, que interpreta o patriarca dos cruéis Lannister.

O elenco desta segunda temporada, assim como na primeira, volta a contar com inúmeros atores britânicos e irlandeses devido ao acento de suas pronuncias, que, segundo seus criadores, é "muito mais convincente" para uma trama que se desenvolve na era medieval.

"Não imagino alguém dizendo 'My Lady' ou 'My Lorde' com um sotaque do Texas", apontou D.B Weiss, que diz que nos novos capítulos optou por usar menos ação para explicar melhor os personagens. A ideia é fazer com que o público "possa sofrer junto com eles as dificuldades encontradas nessa incrível viagem".

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