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09/01/2012 - 06h01

Didático e sem emoção, "Amazônia" tem mais cara de documentário do que reality show

Mauricio Stycer
Crítico do UOL

“Amazônia”, programa que a Record estreou neste domingo, é realmente um reality show diferente. A sua proposta parece ser mais a de ensinar os mistérios da selva ao público do que de promover competição entre os candidatos.

Não há eliminação, mas um sistema de pontos, não muito bem explicado, que dará R$ 1 milhão a um deles ao final.  Os doze participantes percorrem a floresta sob o comando do ator Victor Fasano e de um “consultor ambiental”, Marcelo Skaf.
 

Formado por famosos ou quase famosos dos mundos do esporte e da mídia, o grupo parece um pouco mais calmo e comedido do que o de programas como “A Fazenda” ou “BBB”. Ninguém gritou “uhu!!” no primeiro episódio, mas alguns não tiveram vergonha do ridículo e abraçaram árvores.

Excessivamente didático, o programa mais pareceu um documentário do que um reality show. A única prova do episódio envolveu seis participantes, que tiveram que subir numa árvore com o auxílio de cabos previamente colocados pela produção. Ou seja, emoção zero.

Bem produzido, com imagens de excelente qualidade, “Amazônia”, no entanto, provocou sono. Além da falta de tensão que se esperava de um programa na selva, o apresentador Fasano comove em sua função tanto quanto um professor de Ciências na quarta série.

Curiosamente, o programa de estreia teve duração muito inferior à prevista. Na grade da Record, “Amazônia” deveria permanecer no ar por uma hora, entre 0h15 e 1h15. O episódio, porém, começou dez minutos antes da hora, o que é um desrespeito ao espectador, e terminou à 0h45. Ou seja, durou apenas 40 minutos.

 

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Mauricio Stycer

Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL

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