Nova série com Jason Biggs conquista jovens adultos e já visa segunda temporada nos EUA

Ben, um  jovem advogado que acaba de terminar um relacionamento complicado, encontra Kate, no alto do Empire State, um local por si só carregado de conotações românticas, de "Tarde Demais Para Esquecer" a "Sintonia de Amor". Como era inevitável, os dois rapidamente se apaixonam.

Mas há um pequeno problema, uma importuna pedra no sapato do que seria uma perfeita história de amor: seus melhores e inseparáveis amigos, Larry e Connie, são satélites na órbita da dupla apaixonada. Com o mesmo ardor com que Ben e Kate se atraem, Larry e Connie se repelem e se detestam.

Esta é a premissa de "Mad Love", o sitcom de meia hora produzido pela Sony para a rede CBS para o primeiro bloco de nova programação para 2011. Sabiamente encaixado na grade de segunda-feira imediatamente após o líder das 20h, "How I Met Your Mother", "Mad Love" estreou no Dia dos Namorados norte-americano, 14 de fevereiro, com uma audiência sólida, mas não espetacular: 8.8 milhões de espectadores, contra 9.6 milhões de "Mother".

Entretanto, a nova série atingiu em cheia a faixa de audiência entre 18 e 34 anos, que é o alvo da CBS no horário. Com três episódios já produzidos e escalados para ir ao ar, a rede e a produtora Jamie Tarses já estão conversando sobre uma segunda temporada. Tarses,  ex-presidente da ABC e hoje campeã de novas séries voltadas para o público de adultos jovens, com Mr Sunshine, Happy Endings e Franklin and Bash.

O elenco de "Mad Love" tem atraído a melhor parte dos elogios da crítica, ainda relutante com a série.  Jason Biggs (de "American Pie") é Ben, e Sarah Chalke (de "Scrubs") é Kate, perdidos numa espécie de neblina amorosa.  Tyle Labine (de "Reaper") é o sarcástico Larry, colega de trabalho de Ben e narrador da série (um elemento em comum com "How I Met Your Mother" e que ajuda na transição da programação do horário), e Judy Greer (de "Arrested Development") é Connie, a roomate de Kate, que trabalha como babá e tem um nível de sarcasmo e acidez comparável apenas ao de Larry. Embora Biggs e Chalke sejam adoráveis, os risos vem mesmo com o verdadeiro duelo de farpas entre Greer e Labine. Favoritos do público, eles devem ganhar mais espaço nos próximos episódios.

Enquanto em "Mother" o fio narrativo que sustenta as estrepolias de Neil Patrick Harris e companhia é o enigma  “quem é a mãe?”, em "Mad Love" o gancho parece ser durante quanto tempo o quarteto se manterá intacto. O “louco amor” de Ben e Kate é só isso, louco? Vai resistir ao sarcasmo duplo de Larry e Connie? Ou esses dois estarão destinados a finalmente reconhecer que têm absolutamente tudo em comum?

Ana Maria Bahiana Ana Maria Bahiana é jornalista e escritora, com uma carreira que cobre três décadas de reportagem e comentário de cultura no Brasil e no exterior, em imprensa, rádio, televisão e internet.

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