História do beijo virou novela na Globo e fora dela
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Divulgação/ TV Globo
Na novela "Império", beijo gay deve ficar no "quase"
Esse negócio de beijo de homem com homem ou mulher com mulher está virando novela na Globo e fora dela.
Tem uma parte que passou a considerar o selinho ou o valendo de vez altamente imprescindível, porque é um simples retrato da vida atual, enquanto outras pessoas simplesmente entendem que não deve ser assim. Que não há necessidade de - em todo momento - se chegar a tanto e transformar tal coisa em propaganda.
É indiscutível que a Globo, no caso dela quebrando um tabu, permitiu que o beijo acontecesse em "Amor à Vida", no caso de dois homens, e depois na "Em Família", entre duas mulheres. O SBT, antes, tinha feito isso com as atrizes Luciana Vendramini e Giselle Tigre.
São três situações que, no fim de tudo, acabaram comprovando a naturalidade do ato. E assim que deve ser, dentro e fora da TV. O virar uma obrigação é que agora se transformou em discussão.
Botar homens ou mulheres, a qualquer momento, se atracando por se atracar, passará a vulgarizar algo que até aqui foi tratado com respeito e simples consequência.
Agora é a vez de "Império". Em capítulo que chegou nas mãos da imprensa, informa-se que constava a cena de beijo dos personagens do José Mayer e Klebber Toledo. Só que não rolou. E, comenta-se, nem irá rolar.
Houve o entendimento na Globo que não havia essa necessidade e que a existência de tal cena em nada iria acrescentar ou diminuir alguma coisa da história.
*Colaboração José Carlos Nery
Flávio Ricco
Jornalista, passou por algumas das mais importantes empresas de comunicação do país, como Tupi, Globo, Record e SBT. Dirigiu o "Programa Ferreira Netto" e integrou a equipe do "SBT Repórter". Escreve sobre televisão desde 2003. Email: colunaflavioricco@uol.com.br.