"É um sonho. Não me acordem", diz nova repórter do "CQC", a "fadinha má"

Flávio Ricco

Flávio Ricco

Colunista do UOL*
  • Divulgação/Band

    A repórter do "CQC" Naty Graciano

    A repórter do "CQC" Naty Graciano

Na última segunda-feira, o "CQC", da Band, abriu sua sétima temporada com novos quadros, mudança na bancada, com Dani Calabresa no lugar de Oscar Filho, e apresentou sua nova repórter: Naty Graciano, a "fadinha malvada", que conversou com a coluna sobre início de carreira, expectativas, a aprovação para o programa e homofobia. "Chorei de felicidade com o beijo gay" [em Amor à Vida]. Confira outros trechos da entrevista com a atriz de 25 anos, nascida em Jundiaí (SP) e que, depois de viver em Sorocaba (SP), passou a morar na Capital (e a fazer terapia):

UOL: Quem é Naty Graciano?
Naty Graciano: 
Uma mulher batalhadora, que ama o que faz e que sempre acredita nas possibilidades.

Como foi seu início de carreira?
Sou formada em Teatro - Comunicação das Artes do Corpo, pela PUC-SP. Minha primeira experiência na TV foi na TV TEM, afiliada da Rede Globo no interior de São Paulo.  Trabalhei quase três anos como apresentadora e repórter do programa "Revista de Sábado". Foi uma experiência incrível! Quando comecei a me apaixonar por esta área, tinha apenas um programa de viagens na web, que eu mesma escrevia.
           
Foi tranquilo seu desligamento da TV TEM?
Sim. O pessoal de lá sempre foi muito querido. Eles entenderam que esta seria uma oportunidade incrível para a minha carreira. Não tinha como não aceitar.

Como aconteceu essa aproximação com o CQC?
Mandei meu material para a produção e me chamaram para um teste. Foram várias etapas até a resposta final. Quando soube [da aprovação], quase morri, pois eu sempre curti muito o programa e tive vontade de trabalhar com essa galera. Rolou! É um sonho. Não me acordem (risos).

Quando soube que havia sido aprovada, teve festa, alguma comemoração?
Claro! Comemorei com a minha família e com o meu noivo. Saímos para almoçar e jantar várias vezes durante a semana. Agora acabou o dinheiro, preciso receber logo. rs.
                                                                      
Incomoda ser chamada de substituta da Monica Iozzi? Aliás, você a conhece?
Sempre fui fã da Mônica Iozzi, ela manda muito bem. Acho que é uma honra substituí-la. Ainda não a conheço, mas ela respondeu minha mensagem no Twitter desejando boa sorte. Fiquei feliz!

Falam que você vai fazer a linha gostosona. Verdade?
Gostosona, eu?!  Quero fazer a linha magrinha. rs. Acho que colocaram este "termo" porque usarei o meu charme para conseguir as melhores declarações dos entrevistados. Coisa que, naturalmente, todas as mulheres já fazem.

No "CQC", você vai cobrir tudo: variedades, esporte, política?
Sim. É bacana, pois gosto de todos os assuntos.

Como recebeu os elogios de Marcelo Tas, que a chamou de "fadinha malvada" e "traquinas"?
Foi uma honra. O Professor Tibúrcio é uma unanimidade na TV. Quando soube que ele curtiu meu trabalho, fiquei estática. Fico feliz em poder trabalhar ao lado dele e honrar cada palavra dita por ele a meu respeito como profissional. Afinal de contas, ele é um mestre.


Como vê o espaço da mulher na TV? Aliás, você é a favor da entrada de outras mulheres, na função de repórter, no "CQC"?
Acho que a mulher tem um brilho especial, um jeitinho diferente de interagir com o público. Vamos dominar a TV! (risos). E, caso exista esta possibilidade, sou a favor da entrada de outras mulheres no "CQC".

O "CQC" te deu total liberdade de trabalho, ou existe algum impedimento? 
Liberdade total para criar e causar.
                       
O que o telespectador pode esperar de você?
Uma repórter com humor inteligente e muita cara de pau. Vou perguntar o que todos gostariam de saber. 

Você tem ídolos na TV? Se inspira em alguém?
Curto muito o trabalho da Ellen DeGeneres, apresentadora de um talk show nos EUA. Ela é incrível. Adoro o jeito que ela entrevista as pessoas. Me inspiro nela.

Vai sair de Sorocaba e passar a morar na Capital?
Sim. Já estou morando em São Paulo e fazendo terapia por conta do trânsito caótico.

Tem acontecido muita violência aos profissionais da imprensa. Como tem acompanhado isso?
Toda vez que algum profissional sofre uma agressão, nós, que estamos no meio, sentimos como se fosse com a gente. Apoio a liberdade de imprensa. Afinal de contas, vivemos em uma democracia, certo?

Sobre as manifestações que estão acontecendo no país, qual a sua opinião?
O jovem brasileiro mudou. Se não nos escutam, temos que gritar  por nossos direitos. Mas sem violência.

Acompanha programas esportivos?
Adoro esporte.  Meu pai é louco por futebol, cresci nesse meio. Na medida do possível, tento acompanhar o que está acontecendo.

Gosta de novelas? O que achou do beijo gay em "Amor à Vida"?
Sim, e chorei de felicidade com o beijo gay [protagonizado por Mateus Solano e Tiago Fragoso]. Mais uma batalha contra a homofobia vencida, apesar de estarmos só no começo.

* Colaboração de José Carlos Nery

Flávio Ricco

Jornalista, passou por algumas das mais importantes empresas de comunicação do país, como Tupi, Globo, Record e SBT. Dirigiu o "Programa Ferreira Netto" e integrou a equipe do "SBT Repórter". Escreve sobre televisão desde 2003. Email: colunaflavioricco@uol.com.br.

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