A economia da Record nos intervalos comerciais

Flávio Ricco

Flávio Ricco

Colaboração de José Carlos Nery
  • Edu Moraes/Record

    Fabiana Scaranzi à frente do "Domingo Espetacular", da Record (2009)

    Fabiana Scaranzi à frente do "Domingo Espetacular", da Record (2009)

A receita gerada pela publicidade é fundamental para a sobrevivência das emissoras comerciais. Ou o modelo de negócios da TV aberta brasileira é baseado no resultado da propaganda. Não tem outra coisa. Daí a necessidade de abrir "breaks" durante a programação, para que as empresas interessadas possam apresentar e oferecer os seus produtos. Nada mais lógico e natural.

Mas é evidente que existem as exceções de praxe. E aqui se estranhou como a Record, nas noites de domingo, praticamente não abre intervalos em toda essa faixa da sua grade. Houve, naturalmente, quem reclamasse.

Pois bem, então vamos tomar como referência apenas o que aconteceu no dia 29 passado, em relação ao “Domingo Espetacular”. O programa entrou às 20 horas e com 13 minutos pagou o seu primeiro "break". O segundo entrou 1h42min depois, às 22 horas. O terceiro foi às 22h46, o quarto às 23h02 e o último, 23h50. O programa saiu do ar à meia-noite. Na TV é comum fazer pelo menos de 2 a 3 intervalos em cada hora.

A Record, conclui-se, usa de uma mágica que as outras não utilizam. Ou não têm condições de utilizar. De outra parte, não há como contestar o crescimento de audiência do “Domingo Espetacular”. É um fato inquestionável.

Sentido inverso do "Fantástico", da Globo, que tem se mostrado um programa cansado. E sem capacidade de reagir, o que é mais grave.

Investimentos
Há o desejo na Record de investir cada vez mais no “Domingo Espetacular”. E no seu jornalismo popular, linha que a direção da casa entendeu como ideal para um horário que tinha problemas. Internamente trabalha-se com a possibilidade de autorizar mais duas ou três contratações de peso para reforçar a sua equipe.

  • Regério Cassimiro

    Grazi Massafera, que está sem planos na Globo (30/8/2010)

Improcedente
Depois de encerrar a sua participação em “Tempos Modernos”, não faltaram notícias de que Grazi Massafera estaria reservada para “Insensato Coração”, substituta de “Passione”. Segundo os autores da novela, “outro boato”, informação que não procede. A sua escalação não foi cogitada.

Grazi, na verdade, ainda não tem da Globo nenhuma informação sobre outra novela. Por enquanto vai fazer apenas uma participação no seriado “As Cariocas”.

Videogame
A escolha de Silvio Luiz para narrar em português os jogos da “Pro Evolution Soccer 2011” aconteceu depois de muita pesquisa no mercado. Era necessário alguém sem rejeição e empatia junto ao público das mais diversas faixas de idade.

O mesmo processo foi utilizado em relação ao comentarista Mauro Betting.

Amuleto
A escolha do nome Laurenza-in-Chianti como a cidade italiana de “Passione” não aconteceu por obra do acaso. Na verdade, trata-se de uma nova homenagem do Silvio de Abreu ao seu cunhado e grande amigo, o engenheiro Cyro Laurenza.

Na anterior do mesmo autor, “Belíssima”, Cyro Laurenza foi o personagem do Nicola Siri. E parece que sempre deu sorte.

Termina hoje
Nos últimos 4 dias, a Bandeirantes reuniu todo o seu departamento comercial e representantes das afiliadas para traçar metas e discutir projetos para o ano que vem.

Encontro liderado pelos diretores Marcelo Meira e Marcelo Mainardi na cidade de Ubatuba, em São Paulo.

Contato
O diretor Attilio Riccó, profissional de TV muito conhecido no Brasil, manda notícias de Portugal, onde mora e trabalha desde 2001. Agora, o Attilio está envolvido com “Bem me quer Mal me quer”, título provisório de nova novela de Rui Vilhena, para exibição na TVI.

Um outro detalhe: o diretor, em parceria com Marcos Caruso, é responsável por um dos maiores sucessos do nosso teatro –a comédia “Trair e Coçar é Só Começar”.

Piloto gravado
A diretora Tininha Araújo comandou as gravações de um programa-piloto, sob encomenda para a Petrobras, com apresentação da humorista Dadá Coelho.

O projeto visa mostrar a Cultura, Biodiversidade, Responsabilidade Social, Ecologia e Energia Sustentável no território brasileiro. Se aprovado, entrará na Bandeirantes-Rio.

Fornada
Marcius Melhem e Daniel Adjafre, mais a equipe de redatores da segunda temporada do “S.O.S. Emergência”, já estão com dois episódios inteiramente prontos –e um terceiro bem encaminhado.

Aguardam apenas o sinal verde da Globo para o reinício de gravações.

Dois pesos
Há quem estranhe no SBT o fato de o programa “Qual é o Seu Talento?”, que tem alcançado até 10 pontos de média no Ibope nas noites de quarta-feira, pagar ao seu vencedor um prêmio de 200 mil em barras de ouro. Isso depois de 3 ou 4 meses de muitas gravações.

Evidente que é um dinheiro que ninguém pode desprezar, mas se reclama que outros programas paguem bem mais num só dia. No SBT mesmo foi assim com o “1 contra 100” e agora o “Topa ou não Topa”.

Última informação
Confirmado ontem, no final da tarde, o próximo entrevistado do “Roda Viva”, o segundo na série da Marília Gabriela. Será o sociólogo e professor Demétrio Magnoli.

C'est fini
Quadros do tipo show de talentos estão em alta no SBT. Por “alta” entenda-se em excesso. E quem não tem, está se mexendo para ter o seu. Só que em determinado momento essa falta de criatividade acaba cansando o telespectador. Está na hora de alguém diversificar um pouco.

Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Flávio Ricco

Jornalista, passou por algumas das mais importantes empresas de comunicação do país, como Tupi, Globo, Record e SBT. Dirigiu o "Programa Ferreira Netto" e integrou a equipe do "SBT Repórter". Escreve sobre televisão desde 2003. Email: colunaflavioricco@uol.com.br.

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