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24/03/2008 - 22h50

"Não torço pela Gyselle, pois tenho meu orgulho. Ela me apunhalou", diz o ex-BBB Marcelo

MARINA CAMPOS MELLO
Da Redação

Reprodução

O médico Marcelo na casa do BBB

O médico Marcelo na casa do BBB

Em uma edição do "Big Brother" em que os participantes se notabilizaram pela fuga dos confrontos, o médico mineiro Marcelo Arantes, 32, foi o único que os trouxe à tona. Marcelo discutiu com quase todos os seus adversários e até com sua única aliada, a finalista Gyselle. Apesar de falar dela com carinho, o médico mostra que ainda guarda mágoas da piauiense: "Eu não torço pela Gy, pois, como ela disse, eu tenho meu orgulho. A Gy me apunhalou em um momento muito difícil", disse em conversa por telefone ao UOL.

Apesar da fala calma e gentil, o médico não poupa os demais participantes: "O grupo criou personagens infantilóides", "Thatiana era nociva a Marcos", "Natália se vitimizou", "Supervalorizei a figura de Marcos". Na entrevista abaixo, Marcelo analisa os erros e acertos de sua estratégia de jogo, sua relação com os outros participantes, bem como seus defeitos e qualidades.

UOL - Qual era a sua estratégia de jogo antes de o programa começar?
Marcelo Arantes - Eu pensava em entrar na casa e me manter umas duas semanas diluído no grupo para poder observar bastante e saber como lidar com cada um. Minha idéia era conseguir interagir com todos até chegar à semana final.

UOL - Como você define o grupo que encontrou na casa?
Marcelo - O grupo se uniu inicialmente por uma vontade grande de brincar. A Jaqueline chegou a comentar que o grupo era muito infantil. Eu acho que eles criaram personagens infantilóides. Todo mundo era muito descompromissado e não queria ter discussões sérias.

UOL - Quando você decidiu mudar de estratégia?
Marcelo - Não tinha idéia de entrar em conflitos. Achei que conseguiria suportar as diferenças, mas o pessoal estava varrendo as diferenças para debaixo do tapete. Em uma situação de confinamento e em um jogo em que há eliminação, não adianta fingir que todo mundo é amigo. Eu queria que os conflitos acontecessem com transparência, para que fossem resolvidos ou não. O ser humano se aceita na diferença.

Divulgação

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Marcelo revela a Thalita
e Natália que é homossexual

UOL - Por que você decidiu revelar que era gay daquela forma?
Marcelo - Eu já havia falado com a Thalita sobre a minha orientação sexual [antes do dia em que revelou "oficialmente" a Thalita e Natália no quarto Xocante]. Não apareceu? Quando contei para elas que eu era gay, eu queria fazer de uma forma diferente da do Jean [Wyllys, vencedor do BBB 5]. Eu gostaria que essa fosse uma questão superada logo dentro da casa para que pudéssemos conversar sobre outros assuntos. Mas eu sabia que, fora da casa, isso iria causar um rebuliço. Eu também preferi contar para uma pessoa de cada vez, e não de modo aleatório, para mostrar para o público qual era a minha seqüência de afinidades no jogo. Eu queria deixar isso claro.

UOL - Por que você não indicou o Fernando quando teve a oportunidade?
Marcelo - Após a briga, eu não indiquei o Fernando quando eu pude, pois eu queria enfrentá-lo no paredão. Se ele tivesse de ser indicado, que fosse por outras pessoas da casa. Assim eu também poderia mostrar que não era só eu que o queria fora da casa, como acabou acontecendo.

UOL - Por que você não indicou o Rafinha, que era seu maior adversário desde o início?
Marcelo - Não indiquei o Rafinha, pois estávamos vivendo aquele conflito e eu queria conhecê-lo. Além disso, a pessoa que vai para o paredão recebe todos os holofotes. A Globo exibe o perfil da pessoa e ela fica em evidência. E eu não queria promovê-lo. Queria esperar que ele desse um passo em falso para poder contra-atacar. Já a Natália andava um pouco apagada e, se ela voltasse, seria uma pessoa com quem seria tranqüilo conviver mesmo após a indicação.

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Marcelo conversa com Natália na véspera de romper com a gaúcha

UOL - Quais foram os seus erros no jogo?
Marcelo - Meu erro foi supervalorizar a figura do Marcos, que eu pensava que era alguém que ficaria ao meu lado. Mas eu me enganei, e ele não confiou em mim. Foi um erro eu ter pedido para o Rafinha não votar no Marcos. Eu também deveria ter esperado mais tempo para discutir com a Natália. Ela se aproveitou muito da situação e se vitimizou.

UOL - Mas você achou que Marcos ficaria a seu lado mesmo após a sua briga com a Thatiana, que era namorada dele?
Marcelo - O Marcos estava confuso e procurava se situar. Ele estava procurando quem era o mocinho e quem era o vilão. E eu quis mostrar a ele que o vilão podia ser a namorada dele. Ela era nociva a ele. Ele poderia ter chegado mais longe sem ela. Ela o apagou e o colocou em uma situação de passividade. Isso era muito claro para muita gente lá dentro.

UOL - Por que Rafinha foi tão longe no jogo?
Marcelo - O Rafinha sabe usar muito bem as palavras, sabe lidar com os conflitos de modo a não se colocar em posições rígidas. Como ele não tem uma posição rígida, ele é bem visto tanto de um lado quanto de outro. Ele consegue agradar a gregos e troianos. É hábil e diplomático.

UOL - Quais as características de Marcos que o deixaram longe dos paredões?
Marcelo - Para o Marcos foi muito ruim não passar por um paredão. O paredão também traz coisas boas para quem sobrevive a ele . Sem ir a um paredão, as chances de ele levar o prêmio diminuem [Marcos ficou em quarto lugar no programa. Ele foi eliminado em 22/3, em seu primeiro paredão]. Marcos criou um conceito dentro da casa de que ele é um cara carismático e forte. Eu acreditei nisso. Todos lá olhavam para ele de uma forma muito especial. Mas isso não é suficiente para ganhar o jogo. E aqui fora eu descobri que ele não era tão popular assim.

UOL - Por que Natália resistiu aos paredões e chegou a essa fase do jogo? [quando Marcelo foi entrevistado, ainda estavam na casa Marcos, Natália, Rafinha e Gyselle]
Marcelo - Os dois paredões pelos quais a Natália passou a fortaleceram. Ela tem um apelo que é o de uma mulher falar de assuntos que são tabus. Assuntos sobre os quais outras mulheres não falam. Ela se mostrou autêntica e genuína, e as pessoas simpatizaram com essa postura.

UOL - Qual é a força da Gyselle?
Marcelo - Quando a Gyselle estava isolada, eu estendi as mãos e os braços para ela. E esse foi meu erro em relação a ela. Ela ganhou muito com a nossa amizade, muito mais do que eu ganhei. Sem estar tão isolada, ela pôde sedutoramente conquistar os outros, como o Marcos e o Rafinha. A Gy também tem um apelo muito popular, por ser bonita, nordestina e por dizer que teve uma infância sofrida, com privações. Ela se fortaleceu por ter ido logo de cara ao paredão, enfrentando a Jaque, que era vista como uma pessoa com temperamento muito difícil, forte. Isso criou uma forte polarização, que chamou atenção para ela. Ela também se isolava em vários momentos e mostrava que era forte e que tinha atitude. Ela não era volúvel, e isso é ótimo.

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Marcelo discute com Gyselle momentos antes do paredão

UOL - Para quem você está torcendo?
Marcelo - Estou torcendo pelo Rafinha, pois foi alguém que se permitiu viver um conflito e viver a sua superação, o que foi muito bonito para mim e para ele. Eu falei para ele que torceria para ele, mas acho que a Gyselle é a favorita. Eu não torço pela Gy, pois, como ela mesmo disse, eu tenho meu orgulho. A Gy me apunhalou em um momento muito difícil. Aquele momento foi um "start" que culminou com a minha eliminação.

UOL - O que você vai fazer agora?
Marcelo - Vou abrir uma clínica no Rio e em São Paulo e lançar um livro que eu estou escrevendo. Também tenho o projeto de um site, o doisminutos.com, que tem a ver com uns projetos literários, sobre os quais eu não posso falar agora.

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