Big Brother Brasil 10Crítica

26/01/2010 - 23h55

Mr. Edição define o grupo dos vilões e o dos bobões

MAURICIO STYCER
Crítico do UOL
  • Reprodução

    Segundo a edição do programa, Michel está no grupo dos "bobões", enquanto Tessália integra o dos "vilões" do BBB 10

O papel da edição em um reality show como o BBB é ajudar o público a entender o enredo que, sem roteiro, se desenha na situação de confinamento. Fundamental, nesse processo, é visualizar claramente o vilão da história – e esse programa tem um casal de magníficos vilões, que Mr. Edição fez o favor de delinear nesta terça-feira.

 Primeiro, Tessália. O seu namoro foi apresentado por uma vinheta de humor – “o amor é lindo” –, claramente sugerindo que não é exatamente disso que se trata. Tendo como coadjuvante Michel, cuja cara de coitado não parece ideal para o papel, Tessália fala abertamente do prazer de conspirar e tramar. Inteligente, observa que agir assim pode ser um “ponto negativo”, mas dá de ombros, sinalizando que não tem como atuar de outra forma.

 O segundo vilão é Dourado. Mais óbvio que Tessália, mas não menos interessante, mostrou Mr. Edição. O mesmo troglodita que arrota na cara dos colegas de confinamento é capaz de chorar, por não saber como reagir à situação de estar pela segunda vez no BBB. É bad boy, mas tem sentimentos, tenta nos convencer o programa. Para aliviar mais a barra, uma sátira animada nos convida a rir de Dourado, humanizando-o mais um pouco.

 Ainda há vaga para mais um vilão nesta história, sugeriu a edição. Anamara é a candidata mais bem posicionada, até o momento, para conquistar a vaga. A animada PM baiana perdeu um pouco de sua graça ao discutir com o maquiador Dicesar por conta de uma frase que disse sobre Joseane. O programa mostrou claramente que ela disse o que garantiu não ter dito. Em seguida, fez cara feia e fofoca.

 O segundo grupo mais bem delineado, até agora, é dos bobões. Michel, no papel de namorado de Tessália, disputa com Eliéser o papel de líder dessa turma. O modelo paranaense, coitado, é exibido, programa a programa, como o simpático que não está entendendo nada do que se passa ao seu redor. Chega a dar pena. O fortão Cadu, visto chorando nesta terça-feira, corre por fora, para entrar no grupo.
 

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL.

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