"Assalto eu quase não fiz", revela Diego sobre passado com drogas

Do UOL, no Rio

Em conversa com Junior e Roni, Diego revelou já ter sido internado em uma clínica de desintoxicação mais de uma vez e que cometeu infrações para sustentar vício em drogas. "Mas não vem ao caso, não vim aqui pra contar história triste", dispara o carioca. Os paulistas então contam de amigos que também já se envolveram com drogas.

"Eu tive uma batalha de uns dez anos pra mais. Graças a Deus, nunca fui preso. Assalto, essas coisas, eu quase não fazia, porque era cagão. Ficava internado no morro uns 10, 15 dias sem voltar pra casa. Mas isso é passado. Vim fazer história nova. Mas é violento o bagulho. Só quem tá perto, quem já viu e quem fez. A parada é incontrolável. Mas já faz uns três anos que eu estou limpo", conta o publicitário."E a pessoa só vai quando quer", completa.

"Isso aí o pessoal vê como uma parada tão distante, mas eu tenho tanto amigo próximo que está nisso daí", observa Junior. "Na minha cidade, a maioria dos moleques que cresceram comigo agora estão na pedra", conta Roni.

"Sabe qual era o meu sonho? Ir pra Cracolândia ( em São Paulo). Pra você ver como eu tava maluco. Eu via aquelas reportagens e queria ir pra lá", revela Diego. 

Junior pergunta da relação do brother com bebidas alcoólicas. "Diegão, mas você é um cara que bebe e tal e não te dá nada?".

"Hoje em dia não, mas eu fiquei três anos sem nada.  Mas, eu vou absolvendo as paradas e pego o que eu preciso. Aqueles grupos que eu frequentava NA (Narcóticos Anônimos), AA (Alcoólicos Anônimos), essas coisas, eu não frequento mais porque eu bebo. E lá tem que ser zerado", responde o carioca. "Eu nem ando mais com o pessoal que eu andava na época. E eu consegui. Estou bem conseguindo, porque o bagulho é incurável, é pro resto da vida. O organismo registra a sensação boa", continua.

Diego também revela que teve recaída e a mãe o pôs para fora de casa. "Minha mãe já me botou pra fora de casa quando eu voltei da internação. Fiquei seis meses internado, voltei e comecei a mexer de novo, daí ela disse que eu não podia entrar em casa. Foi quando eu fui morar sozinho".

Junior continua contando também de amigos que sofriam com a dependência. "O cara começa a vender as coisas até chegar no carro e na casa. Esse meu amigo é um exemplo de superação e hoje eu tiro o chapéu pra ele".

O publicitário concorda. "Eu já fiquei levando a mensagem como eles dizem, que são aquelas pessoas que vão nas clínicas dar seus depoimentos. Eu parei de ir porque eu bebo. Fiz terapia vários anos, fui internado umas quatro vezes. Mas, o bagulho é louco. A família sofre pra caramba. O cara também sofre. Eu venho conseguindo. Tá dando certo pra mim assim, então eu vou continuar.

Roni também conta de um amigo modelo que se envolveu com drogas e também superou. "Hoje ele é calmo, bebe bastante, mas não usa mais as outras coisas".

"Até hoje na minha família tem gente que me olha torto. Até minha mãe mesmo, minhas irmãs ficam com pé atrás, mas acreditam né. A única pessoa que acredita em mim mesmo é minha mãe", afirma Diego.

Diego
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