Confiscados, livros são injustamente acusados pela falta de emoção do programa

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Crítico do UOL
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    Maior leitor dentro da casa, Fael fez cara feia ao saber que os livros foram confiscados pela produção

    Maior leitor dentro da casa, Fael fez cara feia ao saber que os livros foram confiscados pela produção

Noite de sexta-feira, nada para fazer, nenhum motivo para brigar, desânimo total. Alguns confinados conversam, outros lêem. De repente, vem o aviso da produção: todos os livros da casa devem ser levados para a despensa.

Não é preciso ser nenhum gênio para entender a razão do confisco. Renata e Monique perceberam na hora. “Depois de 52 dias na casa, eles vão pedir os livros agora?”, lamentou a morena. “É para a gente surtar mesmo, fazer alguma coisa de interessante”, disse a loira. “Quando a gente lê não é interessante para o público lá fora”, completou.

Fael não disse nada, mas fez cara feia. Um dos mais discretos e calados na casa, o coubói é quem mais buscava refúgio nos livros. Já foi visto com quatro obras diferentes no confinamento – “O Poder da Cabala”, de Yehuda Berg, “Quem Mexeu no Meu Queijo”, de Spencer Johnson, “Conversando com os Espíritos”, de James Van Praagh, e “Sobre Homens e Lagostas”, de Elizabeth Gilbert.

Sem a companhia destes livros, espera Boninho, Fael vai precisar se expor mais. Será? É surpreendente imaginar que livros possam atrapalhar alguma coisa, mesmo um “BBB”.

Como mostrou Mr. Edição no programa deste domingo, o problema não são os livros. É a falta de tempero e química entre os oito participantes que restaram na casa. Com ou sem ter o que ler, as semanas que restam de “BBB” prometem ser um suplício tanto para quem joga quanto para quem assiste ao programa.

Sintomático da aflição com o ritmo tedioso desta reta final, Pedro Bial tentou intrigar Jonas e Fael com Fabiana momentos antes da formação do paredão, comentando algo que os dois falaram da loira privadamente. E suplicou a Yuri e aos demais participantes que evitem revelar suas decisões antecipadamente, do contrário não sobra nenhuma surpresa para o público.

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. Conheça seu Blog no UOL

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