! Machismo de Mau Mau & Cia não choca mais ninguém - Crítica do BBB, por Mauricio Stycer - UOL BBB11
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07/03/2011 - 14h26

Machismo de Mau Mau & Cia não choca mais ninguém

MAURICIO STYCER
Crítico do UOL

Para um reality como o BBB funcionar, é necessário que se desenvolvam histórias inesperadas e surpreendentes dentro da casa. Cativado por um romance, um conflito ou o carisma de um determinado candidato, o público se envolve, passa a torcer a favor ou contra, e o programa se transforma numa novela da vida real. Em outras palavras, entretenimento de primeira.

No BBB11, depois de 55 dias, enxergo haver interesse, basicamente, em duas histórias. A primeira, em torno de Daniel, homossexual assumido, rápido no gatilho, engraçado e simpático. Amigo das mulheres, respeitado pelos homens, tem divertido a todos com suas bebedeiras noturnas, quando conversa com um coqueiro, anda de quatro e fala muita besteira.

A segunda história gira em torno de Mauricio. Personagem secundário, ele foi eliminado logo no segundo paredão. Mas voltou ao programa como um “candidato forte” depois de ser escolhido pelo público entre cinco eliminados.

Em torno de Mau-Mau se desenvolvem dois enredos paralelos. O primeiro, a perseguição que sofre por parte de Maria. O segundo, a união com os outros homens da casa em clima de “clube do bolinha”.

De forma natural, seja brincando, seja falando sério, o grupo formado por Mauricio, Diogo (já eliminado), Rodrigão e, às vezes, Wesley, cultua valores como misoginia (desprezo por mulheres), machismo e camaradagem masculina.

Dois momentos-chave do grupo foram a briga de Diogo com Paula, a quem chamou de “vaca gorda”, e a definição de Mauricio a respeito de Maria: “Isso daí é mulher pra tu transar. A minha parada é outra”.

O problema, para o BBB11 e para nós, público, é que não há nenhuma novidade nestas histórias todas. Daniel é engraçado, mas não difere de outros personagens que já vimos em edições anteriores. O machismo da turma de Mauricio, infelizmente, é um comportamento incorporado de tal forma na cultura brasileira que não choca mais ninguém.

No BBB10, por exemplo, quando Lia foi agarrada insistentemente pelo rapper americano Akon, o apresentador Pedro Bial disse: “Podem me chamar de machista, de tudo... Mas eu acho que você provocou, Lia!”.

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