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24/11/2011 - 13h29

"As pessoas da classe C e D gostam de um jeito mais duro", acredita João Doria Jr, apresentador do "O Aprendiz 8"

AMANDA SERRA
Da Redação

“Está pronta para ser demitida?”, brincou João Doria Jr. com a reportagem do UOL no início da entrevista, na última quarta-feira (23). Se destacando na oitava edição de “O Aprendiz”, o empresário ganhou a cena nas últimas eliminações do programa ao chamar uma candidata de “medíocre” e dizer para um dos concorrentes “pedir para sair" do reality show.

Questionado se não considera pesado classificar uma pessoa como “medíocre” ou “incompetente”, Doria disse que não vê problema, pelo contrário -- “Outro dia estava no jogo do Santos com o Geraldo Alckmin e as pessoas me receberam muito bem. As pessoas da classe C e D parecem que gostam de um jeito mais duro. Quanto mais firme você é mais o brasileiro gosta. Os adjetivos ajudam as pessoas a entenderam que precisam ser melhores. Já ouvi frases assim em minha vida profissional e compreendi, faz parte. É duro aprender a lição da derrota.”

Há dois anos apresentando o "Aprendiz", João afirma que participaria do reality show. “Eu participaria do programa, gosto de desafios e de ser desafiado. Só não gostam de desafios os medíocres, os fracos."

João explica que um dos motivos do seu jeito “durão” é chamar a atenção do telespectador, para que ele possa se inspirar e aprender com os erros apresentados. “Vale 1,5 milhão de reais, as pessoas precisam ser competentes. Usar adjetivos pesados não desqualifica, pois não há desmerecimento, humilhação. As pessoas guardam quando recebem mensagens mais firmes.”

  • Edu Moraes/Record

    Felipe Doria, de 10 anos, um dos filhos de João Doria durante a gravação de "O Aprendiz 8" (2011)

Considerado uma das cem pessoas mais influentes do Brasil, de acordo com pesquisa da revista "Isto É", Doria conta que não costuma ser tão rígido com seus subordinados. “Esse é o João do ‘Aprendiz'. Minha forma de lidar no meu escritório é outra, porém uso com frequência o termo ‘medíocre’ quando algo não me agrada.” Sua mudança de comportamento preocupou seus familiares. “Meus filhos caçulas ficaram assustados após eu levá-los em uma gravação e preferiram voltar para casa no carro do motorista e não comigo” [risos].

O filho mais velho de João, Johnny Doria, de 17 anos, está tendo a experiência de trabalhar ao lado do pai e sentir na pele o peso das exigências. “Ele está indo bem, mas recebe umas duras para ter mais disciplina e saber que é igual a todos que trabalham na empresa”, afirma João.

Na edição deste ano, o reality show recebeu 153 mil inscrições e o apresentador afirma que foi difícil selecionar os 16 participantes. “Por conta da defasagem da educação no Brasil, é complicado contratar profissionais bons". Além disso, Doria acha que o Brasil é um país iniciante no assunto empreendorismo, tema principal do programa. “Este ano o grau de exigência do programa está maior, por conta do foco em empreendedorismo e da idade dos participantes [30 a 40]. Quem deseja ser empreendedor precisa ser bom e o ‘Aprendiz’ dá esse alerta. Analisamos tudo, desde os valores até as execuções das tarefas. Tudo é real.”

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