UOL Televisão Fotos

Veja por que "Roque Santeiro" foi uma novela tão marcante

02/05/2011

Informações sobre o álbums
  • editoria:Novelas
  • galeria: Veja por que "Roque Santeiro" foi uma novela tão marcante
  • link: http://televisao.uol.com.br/album/roque-santeiro_album.jhtm
  • totalImagens: 30
  • fotoInicial: 1
  • imagePath: http://tv.i.uol.com.br/album/
  • baixaResolucao: 0
  • ordem: ASC
  • legendaPos:
  • timestamp: 20110609125746
Fotos
Escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva - baseada na peça de Dias Gomes "O berço do Herói" - a novela "Roque Santeiro" foi exibida de 24 de junho de 1985 a 22 de fevereiro de 1986, e sua trama principal trazia uma sátira à criação de mitos Divulgação Mais
Em 1975, a censura federal proibiu a exibição da primeira versão da novela, na noite de estreia. "Roque" seria a primeira novela a cores da Globo e já tinha mais de 20 capítulos prontos. Em seu lugar, os espectadores assistiram à reprise de "Selva de Pedra", de Janete Clair Divulgação Mais
A proibição atrasou durante 10 anos a exibição da novela e fez mudar parte do elenco. Em 1975, estavam escalados Betty Faria (Porcina), Lima Duarte (Sinhozinho Malta), Francisco Cuoco (Roque) e Eva Wilma (Pombinha), entre outros Reprodução Mais
A justificativa do governo foi que "O berço do herói", de Dias Gomes, tratava-se de um texto teatral proibido pela censura federal. Além disso, os personagens são caricaturas de tipos que articulavam o poder no Brasil. Com o fim da ditadura militar, a novela pode ser exibida com as críticas ao poder - ainda que, até 1988, houvesse censura Divulgação Mais
Asa Branca, a pequena cidade fictícia da trama, retratava um lugar qualquer do Brasil e era habitada por um povo que vivia da fé e de uma lenda chamada Roque Santeiro Divulgação Mais
A novela teve cenas memoráveis, muitas delas protagonizadas pelos personagens Sinhozinho Malta e viúva Porcina, que viviam às turras, mas sempre se entendiam depois Divulgação Mais
Regina Duarte, até então chamada de "namoradinha do Brasil", pelos papéis de mocinha, ousou ao fazer o papel da ambiciosa, extravagante e nada casta Porcina. Uma das marcas registradas da personagem era limpar os cantos da boca borrados pelo batom Divulgação Mais
Na história, Porcina (Regina Duarte) era a amante de Sinhozinho Malta, que ficou rica ao dar um golpe nos fiéis de Asa Branca, ao se passar por viúva de Roque Santeiro. Por causa dessa mentira, quando volta a Asa Branca, Roque vai morar na casa de sua suposta mulher e acaba despertando o desejo da "viúva" Divulgação Mais
Sinhozinho Malta (Lima Duarte) tornou-se poderoso explorando a fé do povo em relação à morte do milagroso Roque Santeiro, um artesão que fazia imagens de santos. O figurino do coronel chamava a atenção: cheio de ouro, tinha chapéus inspirados no seriado americano Dallas, colarinhos com biqueiras de metal prateado e perucas Divulgação Mais
Além do figurino exagerado, os gestos de Sinhozinho ficaram marcados na novela. Ao ficar nervoso, o coronel sacudia as pulseiras de ouro e dizia, em tom ameaçador: "Tô certo ou tô errado?". E, para desculpar-se com Porcina, ele imitava um cachorro e ainda lambia a mão da amada Divulgação Mais
Roque Santeiro (José Wilker), assim chamado porque modelava santos em barro, teria morrido como um mártir ao salvar Asa branca do perigoso bandido da Navalhada (Oswaldo Loureiro) e seus comparsas. Ele desaparece e é considerado morto quando um corpo é encontrado às margens de um rio Divulgação Mais
Anos depois, uma jovem portadora de uma doença letal afirma que Roque apareceu para ela e que ele teria garantido que a lama poderia curá-la. A notícia se espalhou e foi assim que nasceu o mito do santo milagreiro, alimentado por aqueles que queriam se aproveitar da história Divulgação Mais
A verdade é que Roque era uma farsa: fugiu de Asa Branca por medo do bandido. Quando, 17 anos depois, volta à cidade, provoca desespero às autoridades e aos que exploram a história do milagreiro, já que seu retorno significaria o fim da fama do povoado Divulgação Mais
A misteriosa Matilde (Yoná Magalhães) movimenta Asa Branca com sua chegada, ao montar a boate Sexus Divulgação Mais
Quando Matilde (Yoná Magalhães) traz do Rio de Janeiro duas dançarinas, Rosaly (Ísis de Oliveira) e Ninon (Claudia Raia), as beatas da cidade, lideradas por Pombinha (Eloísa Mafalda), tentam impedir o funcionamento da boate Divulgação Mais
Um dos clientes mais fiéis e discretos da misteriosa Matilde é Sinhozinho Malta Divulgação Mais
A boate Sexus é alvo de perseguição das beatas da cidade. Na noite da inauguração, um misterioso atentado acontece, enquanto Matilde e suas garotas dançam ao som de "Banana Não Tem Caroço" Divulgação Mais
Filha do prefeito de Asa Branca, Florindo Abelha (Ary Fontoura) e da beata dona Pombinha (Eloísa Mafalda), Mocinha (Lucinha Lins) foi a verdadeira namorada de Roque Santeiro Divulgação Mais
O prefeito de Asa Branca, Florindo Abelha (Ary Fontoura), não exerce nenhuma poder sobre a cidade. É puxa-saco de Sinhozinho Malta, porque depende do seu prestígio para ter algum status Divulgação Mais
Pombinha (Eloísa Mafalda) cresceu em uma educação extremamente religiosa, já que sua mãe era uma beata. Casada com o prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura), armava confusões em nome de Deus e queria fechar a boate Sexus, de Matilde (Yoná Magalhães) Divulgação Mais
Após o desaparecimento de Roque, Mocinha (Lucinha Lins) decide permanecer celibatária e fica conhecida como a "viúva virgem". Ao revê-lo, 17 anos depois, sua paixão reascende. Durante a trama, foi cortejada pelo soturno professor Astromar Junqueira (Rui Rezende) Divulgação Mais
Prof. Astromar (Rui Resende) era apaixonado por Mocinha e faz de tudo para conquistá-la, mas sem sucesso Divulgação Mais
A novela ainda mexia com o folclore brasileiro. O lobisomem, que aparecia nas noites de lua cheia, só teve sua identidade revelada ao fim da trama, como sendo o sombrio professor Astromar Junqueira Divulgação Mais
Fábio Jr interpretou o ator mulherengo Roberto Mathias, que está em Asa Branca para gravar um filme sobre os milagres de Roque. Na novela, ele faria o papel de Roque e Linda Bastos (Patrícia Pillar) seria Porcina, suposta mulher do desaparecido. Durante a estadia, ele se envolve com a viúva Porcina, com Tânia, com Marilda Mathias (Elisângela) e com a reprimida Lulu (Cássia Kiss), esposa de Zé das Medalhas Divulgação Mais
Através dos personagens religiosos, Dias Gomes abordou um tema muito discutido na época: a divisão da igreja Católica entre tradicionalistas e adeptos da teologia da libertação. Padre Hipólito (Paulo Gracindo) representa os conservadores, enquanto padre Albano (Claudio Cavalcanti) luta pelos direitos dos trabalhadores de Asa Branca e faz de tudo para revelar que o mito de Roque não passa de uma farsa Divulgação Mais
O padre Albano (Cláudio Cavalcanti) era "moderninho", não usava batina e protagonizou um romance proibido com Tânia Malta (Lídia Brondi) - filha de Sinhozinho Malta - o que gerou muito debate fora da novela. É ele quem, ao ver Roque, decide por fim à mentira ao tocar os sinos da igreja para anunciar que Roque estava vivo. Mas, o pai de Roque, o beato Salú (Nelson Dantas), que estava em coma, desperta com os sinos e o fato torna-se mais um milagre de Roque Divulgação Mais
Zé das Medalhas (Armando Bógus) era casado com a submissa Lulú (Cássia Kiss), que, apesar de amar seu marido e os filhos, queria a todo custo se livrar das proibições do marido. Nas raras vezes que saía de casa, Lulu estava sempre acompanhada das beatas de Asa Branca ou do marido, Zé das Medalhas Divulgação Mais
O dono da fábrica de santinhos e lembranças de Roque, Zé das Medalhas (Armando Bógus), era o principal aproveitador da fama de santo de Roque. Além de lucrar com a venda dos santinhos, Zé era machista e chegava a manter a mulher, Lulu (Cássia Kiss), trancada no quarto para não deixá-la sair de casa Divulgação Mais
Para despistar o público, os autores escreveram dois finais, que chegaram a ser gravados. Em 1986, o final exibido pela TV Globo é o que Roque Santeiro fica sozinho, embarca em um avião vendo Porcina ficar ao lado de Sinhozinho Malta. Na primeira reprise, em 1991, o final foi o alternativo em que Porcina foge com Roque Santeiro Divulgação Mais
A trilha sonora teve como destaques, além da música de abertura, "Santa Fé" (Moraes Moreira), "Mistérios da Meia-Noite" (Zé Ramalho), que pontuava as cenas do lobisomem, "Dona" (Roupa Nova), a música-tema da viúva Porcina e "De volta pro aconchego" (Elba Ramalho), o tema para Roque Reprodução Mais

Últimos álbuns publicados

Hospedagem: UOL Host