Britto Jr. tenta convencer o público sobre disputa inexistente

A esta altura do campeonato, importa pouco saber se, ao saírem do confinamento, os quatro peões vencedores do prêmio de R$ 500 mil vão mesmo dividi-lo com os demais participantes, como prometeram. O fato é que estão decididos a fazer isso e trataram abertamente da questão novamente no programa desta quinta-feira.

Pela primeira vez num reality show, até onde eu sei, candidatos tomaram a iniciativa de se organizar e boicotar uma proposta da direção do programa. Seguramente, na próxima edição da “Fazenda” haverá uma regra proibindo que os peões façam acordo de qualquer tipo.

Quando a “rebelião” ocorreu, há mais de um mês, Britto Jr. aproveitou a discordância de Gui Pádua, único a votar contra, para desdenhar da ideia. Nesta quinta-feira, o apresentador repetiu o expediente, tentando convencer o público que o acordo não existia mais e que os candidatos disputariam os R$ 500 mil para valer.

Exibiu-se então uma imagem claríssima: Provocado por Monique, Dinei dirigiu-se a Gui e perguntou com todas as letras se ele iria cumprir o acordo. “Eu fui voto vencido. Acabou”, disse, deixando explícito que iria respeitar a decisão da maioria.

Por razões comerciais, e de olho na audiência, o apresentador insistiu até o fim que aquela seria uma disputa para valer.

Se o acordo for respeitado, cada um dos 14 participantes vai ficar com R$ 35 mil. Só o vencedor do prêmio final, de R$ 2 milhões, não vai entrar na divisão do bolão. Há quem duvide que, ao saírem do confinamento, os quatro ganhadores “oficiais” (Valesca, Thiago, Dinei e Gui) respeitarão o trato. Tudo é possível. Mas não importa. O estrago já foi feito. 

Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL

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